quinta-feira, 23 de julho de 2015

E em cada ponto que conto....

Há um tanto de amor...

Hoje gostaria de escrever do amor que tenho pelo que faço. Você sente isso também?

Tem uma peça na Tricolícia que se chama Gorro Corujete, a primeira coruja que fiz, composta das cores rosa chiclete, azul bebê e amarelo eu não faço ideia de quantos gorros desse já fiz em 5 anos, no mínimo uns 300!!!
E toda vez que começo essa peça, ou a do leãozinho, que é também super procurada, ou qualquer outra é a mesma empolgação, os mesmo 15 pontinhos iniciais de muito amor contados incessamente rs
Me perguntaram uma vez se não enjoa repetir tanto um modelo, com as mesmas cores, montagem, etc, confesso que quando já tenho mais intimidade com o cliente dou até uns pitacos pra mudar a cor ou o modelo, é gostoso fazer coisa nova né? Mas não tem jeito, peguei na agulha, seja pro que for, vem a empolgação, e ela vence o sono, cansaço e mal vejo a hora passar, muitas vezes horas de sono rs.
Aí que vejo que é amor - 5 anos fazendo crochê e tricô sem parar, seja inverno, verão de 40º em qualquer lugar lá estou com minha sacolinha, e minhas agulhas a tiracolo.
Na rodoviária a moça me perguntou se eu não tinha vergonha de tricotar que nem velhinha com o fio passando atrás do pescoço, e chama atenção mesmo viu?! Falei que nem ligava.
Quando eu vejo a foto de um bebê, criança ou até um adulto pulando carnaval com um gorro que fiz fico muito feliz, orgulhosa, eu participei daquele momento de felicidade, e de fofura (tirando o adulto com gorrinho de leão nas ladeiras carnavalescas)
Depois de ter dado o curso na Eduk, essa felicidade também vem quando recebo fotos das peças das minhas alunas, depoimentos de quem nunca deu muita bola pro crochê e agora crocheta a todo vapor, quando tiro uma dúvida, muitas vezes a mesma que tive 6 anos atrás.
Isso me realiza, me faz feliz, isso que vou levar da vida, saber que com minhas mãos teço peças para momentos de carinho entre pais e filhos, dindas, vovós, titias, aquela peça que a mãe olha e fala "ah essa não vou doar, vou guardar de recordação" ou aquela peça que está eternizada na foto da sessão newborn ou de acompanhamento e que provavelmente aparecerá em alguem telão na festa de 15 anos ou na formatura como recordação e todo mundo vai falar um "owwwn".
Eu penso tudo isso enquanto teço um gorro, por isso que digo com toda certeza, nele vai lã (ou linha) talvez uns botões, a técnica que uma menininha aprendeu com 7 anos de idade e muito amor, muitos desejos de coisas boas pra quem a usará.
E você? Se identificou? Sente amor no que faz também?
É bom né?
Bjão pessoal
Ah aqui a primeira coruja: 



2 comentários:

  1. Lindo seu depoimento! Também faço crochê no ônibus, na ida para o trabalho. Antes tinha vergonha, agora nem ligo! A minha satisfação é maior do que a vergonha, hoje em dia. Beijos

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  2. Muito fofo mesmo, Cris. Isso é nossa força.
    Beijos muitas bênçãos e luz do Senhor pra você.
    Dina Souza /RJ.

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